terça-feira, 28 de maio de 2013

População Francesa demonstra sua revolta contra casamento Gay

Milhares de opositores ao casamento homossexual, que acaba de ser legalizado na França, deram início na tarde deste domingo (26) a uma manifestação em Paris sob um forte esquema de segurança.

A lei foi promulgada na semana passada, e o primeiro casamento gay será celebrado quarta-feira em Montpellier (sudeste), mas os opositores continuam a demonstrar sua força. O presidente François Hollande, que prometeu durante sua campanha presidencial o "casamento para todos", tem sofrido forte oposição, especialmente por partidários da direita e círculos católicos, contra esta lei que também permite a adoção por casais do mesmo sexo.
A polícia mobilizou 4.500 agentes para escoltar as quatro marchas organizadas na capital - três delas convocadas pelo grupo "Manifestação para todos" e uma pelo Instituto Civitas, ligado a fundamentalistas católicos.

Compromisso político
Nos últimos dias, as autoridades francesas intensificaram suas precauções contra o risco de provocação.

Dizendo-se "preocupado" com as "ameaças" de grupos de extrema-direita, o ministro do Interior, Manuel Valls, "desaconselhou" a participação de famílias com crianças na marcha deste domingo.

"O ministro do Interior é responsável por nossa segurança, isso é problema dele, não nosso!", reagiu uma manifestante, Sylvie, acompanhada de seus quatro filhos, o mais novo dormindo tranquilamente em seu carrinho.

Os organizadores da marcha também denunciaram as medidas do governo, consideradas por eles como "alarmistas" e destinadas a "intimidar e desmobilizar".

Nos últimos dias, a tensão aumentou entre o governo socialista e o principal partido de oposição, a UMP, de direita, acusada pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault de ter uma "grande responsabilidade" ao "causar tensão e radicalização".

Principal alvo, o líder da UMP, Jean-François Cope, esteve presente na marcha deste domingo. Ele aproveitou a oportunidade para chamar os opositores ao casamento gay para "transformar o seu envolvimento nesta questão em compromisso político", unindo-se ao seu partido.

Cerca de mais de meio milhão de pessoas tomaram as ruas  de Paris, não desistindo de suas convicções.

embalado nesta causa O historiador francês Dominique Venner, de extrema-direita, cometeu suicídio nesta terça-feira (21) na catedral de Notre Dame de Paris, pouco depois de ter publicado em seu site um post protestando contra o casamento gay.

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