Milhares de opositores ao casamento homossexual, que
acaba de ser legalizado na França, deram início na tarde deste domingo (26) a
uma manifestação em Paris sob um forte esquema de
segurança.
A lei foi promulgada na semana passada, e o primeiro
casamento gay será celebrado quarta-feira em Montpellier (sudeste), mas os
opositores continuam a demonstrar sua força. O presidente François Hollande, que prometeu durante sua campanha
presidencial o "casamento para todos", tem sofrido forte oposição, especialmente
por partidários da direita e círculos católicos, contra esta lei que também
permite a adoção por casais do mesmo sexo.
Compromisso político
Nos últimos dias, as autoridades francesas intensificaram suas precauções contra o risco de provocação.
Dizendo-se "preocupado" com as "ameaças" de grupos de extrema-direita, o ministro do Interior, Manuel Valls, "desaconselhou" a participação de famílias com crianças na marcha deste domingo.
"O ministro do Interior é responsável por nossa segurança, isso é problema dele, não nosso!", reagiu uma manifestante, Sylvie, acompanhada de seus quatro filhos, o mais novo dormindo tranquilamente em seu carrinho.
Os organizadores da marcha também denunciaram as medidas do governo, consideradas por eles como "alarmistas" e destinadas a "intimidar e desmobilizar".
Nos últimos dias, a tensão aumentou entre o governo socialista e o principal partido de oposição, a UMP, de direita, acusada pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault de ter uma "grande responsabilidade" ao "causar tensão e radicalização".
Principal alvo, o líder da UMP, Jean-François Cope, esteve presente na marcha deste domingo. Ele aproveitou a oportunidade para chamar os opositores ao casamento gay para "transformar o seu envolvimento nesta questão em compromisso político", unindo-se ao seu partido.
Cerca de mais de meio milhão de pessoas tomaram as ruas de Paris, não desistindo de suas convicções.
embalado nesta causa O historiador francês Dominique Venner, de extrema-direita, cometeu suicídio nesta terça-feira (21) na catedral de Notre Dame de Paris, pouco depois de ter publicado em seu site um post protestando contra o casamento gay.
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